13 de agosto de 2013

Poço...



Meu coração sangra e numa batida descompassada e afoita, tenta sobreviver.
Mas essa tal sobrevivência gera uma dor tão forte que ultrapassa a alma.
...

Jogaram-me em um poço sem fundo de propósito e depois de alguns dias gritando,
Alguém finalmente me ouviu...
Pessoas jogam cordas todos os dias, para que do poço eu saia,
Mas você vem sempre pela manhã, saber se ainda lá estou.
E cortar todas as cordas que alguém um dia jogou.
Eu vi e ouvi palavras que me machucaram como tiros em meu coração.

Hoje ele está despedaçado, destruído.
E não há conserto,
Não se junta os pedaços de um coração para depois emenda-lo.
Hoje estou morta...
Sou mais um que vaga sozinho por ai
E não posso deitar, repousar, descansar.
Ainda há muito que precisa ser explicado, entendido.
Vejo somente silêncios corrompidos,
Almas vazias,
Tristezas disfarçadas de felicidade.
Por mais que eu tente, não conseguirei sair do poço e voltar à vida.

Não se eu continuar assim... Sem querer, realmente, sair.